“Mais um atropelo em cima do Atlético-MG? Que novidade…”
Sabe aquele jogo que a gente já viu tantas vezes que até dá pra narrar de olhos fechados? Pois é. Flamengo e Atlético-MG pela Copa do Brasil, Maracanã lotado, e o roteiro… bom, o de sempre: vitória rubro-negra. 3x1. Sem sustos, sem drama. Com autoridade. Com superioridade. Com a tranquilidade de quem já tá acostumado a passar o trator em cima do clube local de BH.
E o mais engraçado — ou triste, dependendo do ponto de vista — é como eles se emocionam. Eles acham que existe uma rivalidade. De verdade. Falam da gente como se fossem o Palmeiras, o Vasco, o Flu, o Inter… Não são. Nunca foram. Mas vivem essa relação unilateral, essa obsessão, esse amor platônico por nós. Enquanto isso, pra gente, o Galo é só mais um. Um sparring de luxo que vez ou outra acerta um golpe, mas que invariavelmente acaba com a cara na lona.
Eles dizem que nos odeiam. A gente mal lembra que eles existem.
E cá entre nós: até tentaram jogar. Vieram com vontade, chegaram a empatar, esboçaram alguma coisa. Mas aí o Flamengo fez o que sabe — tocou, acelerou, empurrou, finalizou. Gabigol deixou o dele, Arrascaeta desfilou como de costume, e no fim das contas, a gente venceu como sempre: com classe e com sobras. Eles voltaram pra BH falando em injustiça, em arbitragem, em “mas se aquela bola entra…”. Clássico.
É difícil ser tão dominante e ainda ter que ouvir o choro do outro lado. Mas a gente entende. Deve ser frustrante ver o clube que você quer rivalizar te ignorando enquanto te vence com regularidade cirúrgica. Isso não é rivalidade. Isso é trauma mal resolvido.
E o melhor de tudo? Quinta tem mais.
Já separa o lencinho aí, Galo. A segunda parte do atropelo vem aí. E, como sempre, sem freio.
Saudações rubro-negras.

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