Então…
chegamos naquele ponto do calendário e da alma em que não dá mais pra fingir humildade.
Já é tempo de vestir o manto da Soberba e da Arrogância — as duas virtudes proibidas que só um de nós entende quando a bola começa a girar.
Porque, no fundo, você e eu sabemos:
somos TODOS menos alguns.
Somos o que eles chamam de “coisa ruim”, com medo disfarçado de deboche.
E nada une mais uma torcida do que quando o inimigo resolve dar nome ao nosso poder.
Mulambos Unidos.
Sem departamento, sem facção, sem elite, sem periferia.
Da laje quente ao ático refrigerado.
Do radinho na calçada ao camarote de vidro.
Não existe divisão quando o Manto entra em campo — existe apenas Nação.
E isso é tudo o que basta.
E tem uma coisa que sempre me pega… a música.
Aquele verso que todo mundo canta, mas poucos entendem:
“Não importa onde esteja, sempre estarei contigo.”
Muita gente pensa que é sobre o time.
Mas nós sabemos que não é.
Esse “onde esteja” fala de nós.
Do teu corre, do meu corre, da vida real.
Do cara que pega ônibus lotado às 6h e do outro que sai de reunião às 23h.
Não importa onde eu esteja, nem onde você esteja —
o Manto vai junto. Sempre.
A camisa vira segunda pele.
O escudo vira sobrenome.
E o Maraca… o Maraca é a nossa casa espiritual, mesmo que a gente esteja a milhares de quilômetros.
No fundo, estamos dizendo outra coisa:
o mundo do futebol é nosso.
Foi conquistado na marra, no suor, no barulho, no caldeirão, no medo que causamos.
E não tem discussão.
Não tem negociação.
Não tem “mas e o outro lado?”.
O mundo é nosso — e só emprestamos quando queremos.
E agora…
agora é aquela hora em que o sangue começa a ferver antes mesmo da bola rolar.
Faltam 8 dias.
Oito dias para mais uma chance de escrever de novo a história que eles juram que não vai se repetir — e que sempre se repete.
Mais uma porta entreaberta pra uma Glória Eterna que parece sempre nos chamar pelo nome.
Então, faça o que precisa ser feito.
Ajuste a voz, fortaleça o peito, alinhe o espírito.
Cerremos fileiras.
Na arquibancada, no sofá, no trabalho, no trânsito, no estacionamento, no aeroporto — onde for.
A Nação não precisa estar no mesmo lugar.
Precisa estar no mesmo estado de espírito.
E você sabe qual é:
é hora de torcer como nunca.
É hora de lembrar quem somos quando ninguém está olhando.
É hora de empurrar como se cada grito fosse 1% de pressão sobre a perna do adversário.
Oito dias.
Começou.
Vamos por mais.

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