
O Flamengo não pode ficar dois dias sem jogar que a imprensa tomada por falta de assunto e diga-se, alimentada por pessoas envolvidas no universo Flamengo, arruma uma briga de comadres para ter o que publicar.
Esse bate-boca pela imprensa envolvendo a passagem do Zico como dirigente de futebol no Flamengo é totalmente fora de hora.
Sou da geração dos que estão entre os 40 e os 50 anos, portanto do grupo que passou da adolescência a juventude rindo a toa com a fase de 1979 até 1983. Uma turma que não conheceu Dida, Valido, Leonidas, essa é a geração de meu pai. Eu sou da geração que só viu Pelé e Garrincha em DVD dos melhores momentos. Sou da geração que não viu ninguém melhor do que Zico.
Mas de uma coisa tenho certeza também, o Flamengo não pertence, nem deve a ninguém que por lá passou ou está passando a sua grandeza, e por outro lado deve sim essa grandeza a cada um daqueles que são rubro-negros em toda e qualquer situação.
Sempre achei, continuo achando o Zico e Júnior jogadores fenomenais, fantásticos, de pele rubro-negra mesmo. Porém também acho que quando assumem o papel de dirigentes deixam de ser Zico e Júnior e passaram a ser Artur e Leovegildo, e por isso também não são imunes a críticas.
Estou muito longe para saber quem está com a razão nessa briga, de longe tenho certeza de uma coisa, não sei, não quero saber, e preferia nunca nem ter ouvido falar desse Léo Ribeiro, a distância parece ser o que de pior existe na política do Flamengo.
Mas nesse mimimi não acho que nenhuma das partes esteja usando a cabeça para raciocinar e usar sabedoria ao se manifestar, muito menos pensando no Mengão.
Numa coisa concordo com o Luxemburgo, a primeira entrevista do Zico, foi sim inoportuna. Assim como foi inoportuna, a consideração sobre inoportunidade feita pelo próprio Luxemburgo, que aliás devia se preocupar mais com o momento inoportuno do futebol praticado por seu time. A resposta do tal Léo Ribeiro foi no mínimo ridícula e fruto daqueles que não tem o que dizer e querem ganhar uma discussão desqualificando o opositor.
Nenhum deles, nem Márcio Braga, Patrícia Amorim, Léo Ribeiro, Luxemburgo, e mesmo, Zico e Júnior, são maiores ou credores da instituição Flamengo, que é muito mais do que o CNPJ 33.649.575/0001-99 do Clube de Regatas do Flamengo, nem imunes a críticas. Seguindo a linha de pensamento de que se um poder do Flamengo me processa eu vou deixar de ser Flamengo, eu já teria que ter saído do Brasil a muito tempo, devia declarar que deixei de ser brasileiro.
Pelo contrário, continuo Flamengo, continuo brasileiro, os que estão lá na frente é que não o são, pelo menos como deveriam ser.
Bobagens todos eles fizeram, se alguém puxar pela memória tanto a fase de Júnior como de Zico como dirigentes não foram das melhores em resultados para o Flamengo, e é bom lembrar que na época de Júnior foi que o tal de Gilmar Rinaldi entrou no Flamengo como empresário e causou vários danos ao clube se tornando empresário de vários jogadores da base, e foi Zico que manteve o Kico como treinador até não dar mais. Mas esses erros não mudam suas condições de ícones de uma grande geração, talvez a maior de todas, dos guerreiros rubro-negros, e que devem ser lembrados sempre com respeito pela Nação.
Acho que, se Zico se sente agredido moralmente pela instituição que a processe, e tenha esse dano reparado, mas daí a dizer que não é torce mais pelo Flamengo, é misturar as coisas.
Eu pessoalmente gostaria muito de poder, ter o direito, morando longe do Rio de atuar na política rubro-negra, votando e podendo escolher pessoas de melhor qualidade para dirigir o Flamengo.
Muita coisa pode ser feita, mas de certeza ficar passando recibo pela imprensa, que adora ter o que publicar sem ter que se dar ao trabalho de fazer jornalismo de qualidade, não é a melhor maneira de resolver as questões.
Se tem que acionar a justiça que se acione, mas vamos deixar o nome do MENGÃO que é maior até mesmo do que o Clube de Regatas do Flamengo, o do CNPJ, de fora da novelinha.
Tenho dito. Podem jogar as pedras.
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