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Negros e a lorota vascaína



Essa semana ouvi de novo em uma narração essa afirmação que o Vasco era o clube que tinha primeiro permitido negros no seu time como se isso fosse uma bandeira de luta contra o racismo.


Abaixo segue um texto que encontrei que explica exatamente que isso nada mais é do que uma falácia e que na verdade o time do Vasco era o único que não era formado por sócios e sim montado com funcionários pagos. Empregados, que não eram sócios do bigodudos e branquelos portugueses.


Retirado do blog http://jblog.jb.com.br/flamengo/2011/07/23/vasco-e-os-negros-grandissima-lorota/


Flamengo Acima de Todos



Oh, oh, oh! Qui mintira qui lorota boa” (Luiz Gonzaga)

Outro dia tive de ensinar a um pequeno vascaíno que a propalada luta contra o racismo pelo CRVG é estorinha para boi bobo dormir.
A História com H ensina que o clube bajulador de Portugal jamais se peculiarizara como fomentador de humanismo em toda sua existência.
É verdade que todos nós sabemos que os portugueses são gentis e não aceitam qualquer tipo de intolerância racial.
Ao menos, eu sempre vi no meu universo carioca alguns portugueses, donos de bares e padarias, se dirigirem aos colegas de trabalho da raça negra com profundo respeito e cordialidade, sendo sabido que o sonho dos donos de mercearias sempre fora o de ter um genro ou nora negro, notadamente nos anos 20 do século passado.
Realmente: Moçambique,Costa Verde, São Tomé e Príncipe, Angola e o Brasil podem asseverar que os negros no século passado foram e ainda são respeitados pelos portugueses.
Mas tal amor infinito dos portugueses aos negros não pode jamais sustentar a tese estapafúrdia e construída de que o time da metrópole tenha levantado bandeira contra o racismo.
Os portugueses queriam é ganhar, e portanto, focaram o profissionalismo, e ao assim fazerem, trouxeram os melhores, dentre os quais, alguns negros.
Afirmar que o Vasco lutou na década de 20 do século passado contra o racismo é, pois, a maior das maldosas piadas de português.
A propósito, segue palhinha abaixo do estudo do Dr Antônio Jorge Soares, cuja íntegra pode ser encontrada em http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v13%20n1%20artigo8.pdf
O RACISMO NO FUTEBOL DO RIO DE JANEIRO NOS ANOS 20:UMA HISTÓRIA DE IDENTIDADE
Antonio Jorge SOARES
RESUMO
A fundação da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) em 1924, segundo a versão dominante de jornalistas e acadêmicos é tomada como o principal indício da mentalidade racista presente no futebol nos anos 20. O Clube de Regatas Vasco da Gama, ao vencer o campeonato de 1923 com um time de negros e mestiços, teria motivado a ruptura no futebol e a criação da AMEA. O objetivo deste estudo é demonstrar que a trama “racista” que explica a fundação da AMEA em decorrência da vitória do Vasco debilita-se, e no máximo torna-se lateral, pela ausência de dados. A fundação da AMEA, a partir de novos levantamentos, é melhor explicada pela tensão entre a manutenção da ética do amadorismo e a rápida popularização do futebol nos anos 10 e 20 do século XX, e pela dinâmica das instituições esportivas…..
A versão das dissidências no futebol carioca ocorridas em 1924, com base em Mário Filho e no modelo da mentalidade racista existente no Brasil, parece bastar aos intelectuais que repetem e reeditam essa história. Vários estudos e nossa experiência como brasileiros confirmam a existência do racismo ou do preconceito racial no Brasil. Entretanto, o pressuposto teórico e geral do racismo não indica que se possa imputar sentido à referida trama descrita sem dados empíricos que confirmem a explicação. …
A análise das interações dos atores coletivos e individuais, demonstra que os interesses dos clubes
e a articulação em torno da oposição amador/profissional explicam melhor a dinâmica do futebol da época e de suas instituições do que a tese do racismo/segregação
. Observemos a montagem do quebra-cabeça para desmistificar a relação causal entre a vitória do Vasco em 1923, a fundação da AMEA em 1924 e a não participação do Vasco no campeonato dessa entidade apenas no primeiro ano de sua existência….

O ano de 1923 tinha apresentado uma surpresa para os grandes clubes: o Vasco, um novato na liga superior, venceu o campeonato. Mas era evidente que o Vasco tinha sido campeão com uma estrutura profissional encoberta; os jogadores sob a direção do treinador estrangeiro Platero dedicavam-se exclusivamente ao futebol. O próprio Mário Filho relata que era visível a diferença de preparação física dos jogadores do Vasco, e que os mesmos treinavam com estivessem em “colégio interno” (Rodrigues Filho, 1964)….. (grifamos)
Cruzmaltinos amiguinhos, por favor não mintam a seus guris.
Acima de todos, Flamengo.

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