Semana passada estive em Recife e dois fatos me chamaram a atenção. Ambos quando peguei uma corrida de taxi.
A primeira experiência foi bem legal. Ao abrir a porta do taxi dou de cara com um motorista vestido com a camisa do FLAMENGO para minha surpresa. Quem conhece Recife sabe como a cidade se mostra xenófoba em relação a qualquer coisa de fora, sobretudo futebol.
Iniciada a conversa perguntei de onde ele era, afinal sempre escuto, mesmo que estatísticas digam o contrário, que em Recife ninguém torce para o Flamengo, pelo menos não alguém que seja nativo.
Ele então me responde que é Recifense, Pernambucano de nascença, filho de Pernambucano e que nunca morou em outro lugar. Antes que alguém diga que é um sujeito influenciado pela Globo e pelo Flamengo do início da década de 1980, avio que ele tinha no máximo 30 anos, ou seja nasceu depois daquela época e pouco viu o Zico jogar, nenhuma vez ao vivo.
Perguntei como tinha começado esse amor pelo Flamengo, ele disse simplesmente que apesar de boa parte de sua família ser Sport, e o próprio pai ser torcedor do Sport, ele simplesmente se apaixonou pelo Flamengo, e mesmo que nutra alguma simpatia localmente pelo Sport, ele na verdade é Flamengo e a dois domingos atrás lá estava na Arena Pernambuco torcendo pelo Flamengo contra o Sport.
Fico contente de ver que minhas teorias sobre paixão não respeitar fronteiras geográficas sendo comprovadas. De fato na grande Recife, a última estatística comprova que existem quase 100.000 torcedores do Flamengo, é difícil acreditar que isso é apenas um contingente de pessoas que vieram de fora, sem contar que no interior somos a 3a maior torcida acima do Náutico e bem mais próximo de Santa Cruz e Sport do que alguns gostariam.
Terminando achei legal esse fato por ir de encontro a uma maré chata de xenofobia entre nordeste e sul e entre sul e nordeste. Não vejo essa necessidade de vitismo nem de preconceito muito menos usando futebol.
E viva a NAÇÃO RUBRO NEGRA a única que está sempre bem representada em qualquer parte do Brasil e do Mundo.
E aos amigos da FLARECIFE meus parabéns.
O outro fato? Bem mais chato, mas está aqui
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