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Há muita intransigência e um exagerado saudosismo

 


O que vimos em relação ao Flamengo nesse brasileiro tem sido usualmente contaminado por uma saudosismo e memórias afetivas que nos enganam muito. E não tem adiantado apresentar números e estatísticas que mesmo assim as análises em geral não são objetivas. 

Certamente é muito pouco tempo para determinar se a atual administração técnica dará bons ou maus resultados, assim como era complicado analisar o que aconteceria naqueles primeiros jogos do ano passado com o time dirigido por Jorge Jesus. As vezes parece que o time do Flamengo é formado por jogadores medianos e que foram transformados em grandes jogadores apenas pelas mãos de JJ, ou que o Domenec tem o poder de eliminar qualquer qualidade dos mesmos jogadores.

Esses foram os sete primeiros jogos do Flamengo com o Jorge Jesus ano passado.



Eliminado pelo Athletico,  por pouco não foi eliminado pelo Emelec, lembremos que o uso exagerado do VAR nos ajudou muito no jogo de ida, e no jogo de falta aquele penalti sobre o Rafinha foi no mínimo questionável, nenhum dos times aí enfrentados era uma grande potência convenhamos. E fora o jogo do Goiás, todos foram jogos no limite.

O oitavo jogo da sequencia foi aquele no qual perdemos por 3x0 para o Bahia, e foi pouco, podia ter sido mais. O time só começou a engrenar a partir do nono jogo contra o Grêmio por 3x1 no Maracanã quando engatamos uma sequencia de várias vitórias consecutivas, e várias delas marcando muitos gols. Isso foi um mês depois do primeiro jogo. Tendo tido 20 dias de treinamento antes do primeiro jogo e dois intervalos de 7 dias, a tal semana cheia de treinamentos.

Se Domenec Torrent vai conseguir implementar um modo de jogo vencedor ou não, ainda não sabemos, e é muito cedo para se concluir alguma coisa. Numa análise breve sobre os jogos até agora. No primeiro jogo contra o AtléticoMG o time entrou sob as orientações de JJ ainda, perdeu vários gols e tomou um gol num erro primário, e sejamos justo as substituições que fez foram as mesmas que Jorge Jesus vinha fazendo. Contra o Atlético GO, errou feio na opção por Rodrigo Caio na lateral,  mas convenhamos que alguém podia ter sugerido algo diferente, ou quem sabe alguém sugeriu isso. Nos outros 3 jogos, Coritiba, Grêmio e Botafogo, o time enfrentou tres retrancas fortes e mesmo assim foi muito superior no primeiro tempo nos tres jogos tendo visivelmente cansado no segundo tempo. O VAR foi prividencial contra Botafogo e Grêmio e ontem contra o Santos, foi, porém em todos os casos a decisão foi correta e ele existe para isso mesmo, e o resultado se diferente seria injusto.

Por fim comparar o momento atual com o melhor momento do ano passado é injusto por várias razões. Torcida, tempo de treinamento, momento do campeonato, e sejamos justos, desde o retorno em junho o Flamengo não jogou como o melhor momento do ano passado em nenhum jogo, mesmo com o Jorge Jesus.

Precisamos dar tempo para que as ideias se consolidem, e aí poderemos fazer um melhor juízo sobre o sucesso ou não. Além disso, por um viés utilitarista, gosto de ser objetivo. Qual seria o nome que colocaríamos no lugar dele que não gerasse nenhum debate igual? Fala-se muito no Miguel Angel do Independiente del Valle, o rapaz apesar de promissor não tem experiência nem história para justificar tamanha adoração.

Concluindo, ontem, o Flamengo apresentou um futebol bem melhor do que em qualquer outro jogo desde o retorno após a parada pelo isolamento da pandemia. E se não tivesse perdido tantos gols teria tido uma vitória mais fácil, foram ao menos quatro grandes chances desperdiçadas por Michael e Gabriel. Além disso Bruno Henrique ainda tem muito a melhorar, e a entrada do Isla deu sinais de que a saida de Rafinha terminará por até melhorar a posição. E esse ano jamis poderá ser comparado ao ano passado, o mundo foi virado de cabeça para baixo.


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