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Uma mesma moeda, chata como todas.

 


Uma coisa que tem chegado a raias de irritação tem sido o comportamento sectário de boa parte da torcida do Flamengo desde a saída do Jorge Jesus.

 

Temos muita gente reclamando de tudo em relação ao time e muita gente reclamando, vejam só, dos outros que reclamam.

 

De fato tem gente que padece de uma viuvez injustificada desde Abril de 2020, como se remoer um sentimento resolvesse algo. Por outro lado tem um bocado de gente que acha que qualquer crítica ao atual momento é meramente saudosismo, muitos com voz na imprensa. Dois lados da mesma moeda, chata como toda moeda é.

 

Antes de mais nada ninguém, absolutamente ninguém, tem o poder e deveria tentar impor seu pensamento a outros, vale para futebol, política, religião e costumes, nem obrigar a aceitação nem a negação deles.

 

O time de 2019 tem seu lugar na memória, e não se repetirá, assim como o de 1978 a 1983 foi mais longevo mas também não mais se repetiu, podemos ter outro empolgante e não digo nem mais nem menos, aliás acho ele lance e comparação e ranking sempre tolo e injusto, memórias afetivas são pessoais e em todo mundo distorcem a análise. Mais uma vez isso vale para o futebol e outras coisas como música e arte.

 

O time atual e seu treinador tem seus pontos positivos e negativos, acreditar que o atual treinador não tem nenhuma influencia positiva é tão tolo quanto acreditar que não há mais nada remanescente do período de Jorge Jesus, e até mesmo do Domenec. Uma equipe de futebol sempre será uma construção de várias partes. Nós rubro-negros estamos vivendo um momento que não ocorre muitas vezes não só no Brasil quanto no mundo todo, basta ver quantas vezes tivemos bicampeões no brasileiro. Fora que somos o único time a ser campeão em todas as décadas desde o início do brasileiro em 1970.

 

Falando do time atual, vejo melhora em algumas coisas, de forma lenta, não atribuo isso apenas a imponderável e meio mística “fase” do jogador. O time vem melhorando finalmente na arrumação coletiva quando ataca, e isso tem sem participação do Ceni, por outro lado de certa forma é a recuperação de um estilo que por várias razões se perdeu ao longo do ano passado. Mas ainda temos alguns problemas que o atual técnico não está conseguindo resolver ou teima em não ver, o espaçamento em campo do time e principalmente essa vontade louca de recuar sempre que abre uma vantagem mais ou menos confortável e que tem levado a alguns sufocos como no último jogo. Critiquemos e apoiemos de acordo com o que vemos.

 

No fim simplesmente torça sem ser chato.

 

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