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A tolice identitária

 



Eis que as vésperas da Copa do Mundo de Futebol Feminino esse mundo ao invés de mirar nos aspectos técnicos e esportivos volta suas baterias para o universo do identitarismo, da sinalização de virtudes e da lacração. 

E não é que a turma partiu de novo para os mesmos discursos de falta de igualdade, sexismo, preconceito entre outros.

Chegamos ao ponto de uma jornalista (!?), Mariana Spinelli, da ESPN afirmar que "... se voce não gosta de futebol feminino é porque voce gosta de ver homem ...", e antes tinha dito que ela gosta de futebol feminino porque gosta de "futebol maneiro".

Maneiro é uma daquelas palavras que pode significar qualquer coisa ou mesmo nada dependendo de suas preferências. Tem quem ache uma feijoada de Tofu maneira, eu por minha vez curto muito um bacon com charque e paio na feijoada. 

Não temos como saber qual conotação ela quis dar na frase sobre preferir ver homens. Eu até curtia aquelas peladas de crianças quando ia ver meus filhos no colégio, algo muito parecido com o futebol feminino, mas falta a moça entender algumas coisas.

A primeira é que ninguém, absolutamente ninguém é obrigado a gostar ou deixar de gostar de algo. E por conseguinte ninguém tem o poder de determinar o que alguém gosta ou não. Eu por exemplo não curto jogo de Curly (aquele jogo que é feito com chaleiras e rodos) masculino, mas acho interessante ele na modalidade feminina. 

Ginástica é um esporte que nem curto muito, mas só assisto a feminina. Voley, prefiro jogos no feminino do que no masculino. 

Já basquete e futebol não tem jeito, talvez se e quando as mulheres conseguirem fazer uma ponte aérea e uma enterrada monstro daquelas de empenar o aro eu curta o basquete feminino.

Segundo é que esporte virou há bastante tempo um grande negócio, e este negócio vive de público interessado. Porque não assistimos campeonato de críquete no Brasil? Yes! Nós temos uma confederação de críquete no país. Ninguém transmite porque quase ninguém tem interesse em assistir.

A CBF incentivar bancando gastos na modalidade faz parte do contexto, mas o produto tem que ganhar audiência por si só. As próprias emissoras do jornalismo lacrador não transmite os jogos, por machismo? Ou por gostar de homem? Não. Apenas porque não tem audiência. Aliás, creio que é bem provável que o futebol feminino tenha menos audiência entre as mulheres do que entre os homens, e falo de forma proporcional àqueles que acompanham futebol.

Esse movimento de forçar a barra, ao contrário de angariar simpatia, retorna é mais antipatia. Se eu quero conquistar espaço a cobrança nunca será o melhor caminho, tenho que entregar um produto atrativo e esperar que as pessoas percebam, claro que estratégias de marketing fazem parte, mas ofender as pessoas nunca será uma boa estratégia.

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