Pular para o conteúdo principal

STOP THE PRESSES!

 


Filmes antigos, geralmente de ação, crimes e guerras, tinham cenas com alguém entrando dentro de uma redação aos berros PAREM AS PRENSAS! PAREM AS PRENSAS! Porque algo de inesperado tinha acontecido as chamadas Breaking News. Tudo bem que praticamente não temos mais mídia impressa, mas certamente ontem no final da noite teve muito, mas muito mesmo, jornalistas correndo para frente de seus computadores para refazer vídeos e textos de blogs.

Muitos certamente já tinham mais um texto de elogios ao melhor treinador, melhor time e futebol deslumbrante do tricolor carioca, enquanto ao mesmo tempo mais uma vez decretavam a derrocada do Vítor Pereira e do Flamengo.

Antes da bola rolar já tinha jornalista rubro-negro arrancando as calças pela cabeça pela não escalação do Everton Ribeiro, que não joga um partida inteira bem há muito tempo, e do Gabriel que passou a semana toda quase sem treinar.

Mas não é que o MENGÃO, QUERIDÃO, MALVADÃO quebrou as pernas dessa turma.

Claro que não darão o braço a torcer e repetirão que foi pura sorte, teve influência da arbitragem e blá blá blá blá.



Esse é o gráfico do Sofascore(R) detalhando as ações ofensivas. Nele vemos um domínio do Fluminense apenas em dois momentos, entre 10 e 20 minutos do primeiro tempo, e logo depois do primeiro gol do Flamengo, por cerca de 10 minutos, o que é bem natural.

Outros números (Sempre FlamengoxFluminens)

Finalizações 14x16
Finalizações certas 5x4
Grandes chances perdidas 2x2
Finalizações dentro da área 7x9
Defesas do goleiro 4x3

Claro que não foi um primor de atuação, mas foi um jogo bem equilibrado onde o Flamengo criou dois belos gols. Os chatos vão dizer que dependeu de lampejos técnicos do Ayrton Lucas, primeiro teríamos que depender de técnica do adversário ou de um jogador nosso, e principalmente o segundo gol nasce de uma jogada às antigas com mais de um minuto de troca de passes entre defesa e ataque até uma cruzamento preciso onde tínhamos vários jogadores na área do Fluminense, quase que o Gabriel finaliza, e terminou por sobrar para o Pedro. E até mesmo o primeiro gol saiu numa troca rápida de passes invertendo da direita para a esquerda.

Outra coisa na estratégia do Vítor Pereira, que mexeu muito bem na equipe ontem, é que ele degastou o Fluminense fisicamente no primeiro tempo e no segundo tempo ficou mais fácil com mais espaço para jogadores como Filipe Luís, Everton Ribeiro e Vidal ditarem o ritmo do jogo.

As "polêmicas". Léo Pereira deveria ter sido expulso?


Talvez sim, já vimos em outros jogos lances parecidos que geraram e não geraram expulsões. Falta critério a arbitragem brasileira. Porém da mesma forma o próprio Arias passou o jogo inteiro reclamando e não foi amarelado por isso.


Por outro lado minimizar essa entrada do Samuel Xavier só forçando a amizade, para quem é aqui do Nordeste, não é novidade esse protótipo de Fágner usar de violência para intimidar seus adversários, sobretudo quando está perdendo. Ele veio no lance para machucar mesmo, com maldade. E nessa altura já estava 2x0 e nada levava a crer que o Fluminense teria condições de reverter o resultado, mas a expulsão facilitou a vida do Flamengo que poderia ter sacramentado o título ontem mesmo, faltou um pouco de esmero e afinco para cravar pelo menos um 3x0.

Não esqueçamos que o Santos, nosso goleiro, fez apenas uma grande e decisiva defesa no primeiro tempo. German Cano teve uma única finalização em todo o jogo, numa clara demonstração que a defesa rubro-negra funcionou. E que as duas jogas de perigo do Fluminense no primeiro tempo foram ambas frutos não de jogas construídas ou de erros coletivos da nossa defesa e sim de erros individuais em passes toscos.

Vimos alguma evolução no Flamengo inclusive defensivamente. E tiramos alguma convicções, Filipe Luís ainda joga muita bola. Everton Ribeiro joga sempre mais quando entra no segundo tempo, parece não ter mais condições físicas de jogar 90 minutos. Ayrton Lucas foi o maior acerto de contratação do Flamengo, o Andreas seria o segundo se a parte mimizenta da torcida tivesse deixado. Acho que Gabriel não deve ficar fora, mas cabe a ele e ao Vítor Pereira fazer o time funcionar com ele em campo. 

Terminando esse texto mais longo, sei que tem muito "rubro-negro" estrebuchando de raiva por não ver sua tese vingar, mas eu estou, como diria o Apolinho, feito pinto no lixo.

Como disse ontem




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Frases sobre o Mengão

" Ser Flamengo e ir em frente onde os outros param, é derrubar barreiras onde os prudentes medram(...)É comungar a humildade com o rei eterno de cada um."-  Arthur da Távola   "Torcida chata e nojenta essa do Flamengo. Se julgam superiores em tudo.... mas com razão, não é ?" -  Bussunda     "Meu orgulho de ser rubro-negro começa pelo orgulho de ser carioca. Não dá para negar que a paisagem mais bonita e mais emocionante da Cidade Maravilhosa é a entrada no Maracanã no dia de uma decisão do Mengão. O contraste da escuridão do túnel que leva às arquibancadas, ou o silêncio dos elevadores sociais para o Maracanã lotado e brilhando em vermelho e preto é de arrepiar qualquer torcedor. Continua pelo orgulho de ser brasileiro e fazer parte da maior torcida do mundo, do time que foi mais vezes campeão brasileiro, no país do futebol. Não preciso nem falar de Zico e companhia, do fato de todos os astros internacionais que nos visitam fazerem questão de usar o manto sag

EM JANEIRO DE 59 …

  Logo de cara digo que não estou batalhando pelo 4 o título da Libertadores. Apenas contando história mesmo. Entre os meses de Janeiro e Fevereiro do ano da graça de 1959 aprouve a Conmebol promover um torneio, que seria o embrião da Copa Libertadores de América, iniciada oficialmente no ano seguinte. O torneio se chamou “Gran Serie Suramericana Inter Clubs”, um hexagonal disputado na cidade de Lima, Peru, contando com a participação de Flamengo, pelo Brasil, River Plate, Argentina, Peñarol, Uruguai, Colo-Colo, Chile, e Alianza Lima e Universitário do Peru. O Flamengo era dirigido há quase seis anos pelo paraguaio Manuel Fleitas Solich, nome lendário do clube, e tinha vários remanescentes do time tricampeão carioca em 1953-54-55. Na defesa, o vigoroso central Pavão, o quarto-zagueiro Jadir (que chegou a jogar na Seleção de Vicente Feola) e o lateral Jordan. No meio, o jogo clássico do capitão Dequinha e a malícia de Moacir. E na frente, a dupla Henrique e Dida, dois dos maiore

BYE, BYE SO LONG VERY WELL

Pois é, como dizia uma canção meio brega do Guilherme Arantes: "Adeus também foi feito prá se dizer". Bye, bye R10, saiba que não deixará nenhuma grande lembrança. Hoje o dia foi de sub-notícias e sub-comentários sobre a saída do dentuço da gávea. Aliás a conclusão do espetáculo circense comandado pela honorável Paty começou ontem a noite quando o Cascão resolveu demonstrar ter um poder que não tem diante de alguns torcedores em Teresina. Em seguida foi desmentido pelo Zinho, que em seguida foi desmentido pelo Ronaldinho. Sei não mas, Coutinho, Zinho, Ronaldinho, é muito inho juntinho. MInha opinião é que o time não ficará nem melhor nem pior sem o Ronaldinho, mesmo porque ele não estava entrando em campo mesmo. O que não entendo é a confusão criada entre defensores dele, os que detestam ele, e os que detestam a diretoria independente da decisão tomada. Difícil achar que haverá qualquer racionalidade numa discussão