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Segunda rodada dupla, e o que foi ruim, continuou ruim.

 


Dose para mamute ter que ver 180 minutos de péssimo futebol do Flamengo.

Tá bom, é pré temporada, início de trabalho, e blá, blá, blá. O que ninguém está considerando é que estamos numa continuidade de trabalho do ano passado, o técnico e o time são os mesmos. E segue a máxima que está começando a me parecer inexorável, descanso e treino faz mal a esse time do Flamengo. Não há dúvida, creio, que o time está pior do que o do ano passado, ou vamos assumir que a saída do Everton Ribeiro foi que causou esse estrago, ou, a melhor (!?) implantação dos conceitos titeanos está piorando o time.

Não morro, e nunca morri de amores pelo seu Adenor, muito pelo contrário, mas também não estou iniciando uma campanha FORA TITE. Ah, uma outra coisa, segundo parte da torcida metade dos problemas do Flamengo terminaram já que o Fabinho Soldado saiu. Aliás também entre jornalistas, alô Mauro Cezar, ele representava uma enorme parcela do problema do Flamengo. E por falar em Mauro Cezar, ele já decretou também que o problema do Flamengo é a falta de vontade dos jogadores, aliás segundo ele tudo se resolverá no dia que os jogadores tiverem vontade.

Eu por minha vez acho, sem muita especialização no assunto, que o Flamengo sofre uma crise de identidade que ninguém está enxergando ou estão menosprezando. Nunca fui fã de vídeo game de futebol e acho que essa geração Nutella acredita piamente que o mundo real funciona igual aos games.

O fato é que o Flamengo tem uma parte do time que é talhada para jogar em bloco alto pressionando o adversário, parte do time quer jogar em bloco baixo sem termos saídas velozes, e parte do time não quer jogar de forma nenhuma. 

Os melhores momentos do Flamengo na última década sempre estiveram associados a uma condução de jogo compacta, com forte pressão pós perda de bola e muita movimentação no ataque com triangulações. Não estamos vendo nada disso com Tite, como não vimos com Paulo Sousa, Vitor Pereira e Sampaoli. Só quem conseguiu reproduzir isso em parte foram Renato e Dorival, esse segundo ainda muito aquém do Flamengo do JJ.

Para jogar no esquema de extrema desequilibrantes agarrados nas linhas laterais, e laterais mestres de obras jogando pelo meio, sem meio de campo de criação, temos os jogadores errados. Tudo bem que a torcida é meio esquizofrênica, ora o treinador não serve para nada, e ora é culpado de tudo. Mas até o momento a expectativa não é boa. Nenhum dos três laterais que temos hoje serve para o que o Tite quer. Nem sei se o Viña servirá também. Os zagueiros não sabem sair jogando. O único que parece se adequar no meio é o Pulgar. Gérson não quer ser volante nem a pau. Oitenta milhões num marcador pela direita me parece muito dinheiro, mas é isso que o Tite tentou fazer com o De La Cruz. E do meio para frente, o único que parece se adaptar é o Cebolinha que quando pegar um marcador mais qualificado já some. Sem contar que Pedro, Arrascaeta e Gérson se recusam a marcar a saída de bola dos adversários.

Não estou otimista não, sei que ainda é cedo, mas não enxergar nenhuma melhoria no time do ano passado para cá, pelo contrário, até piorou, não está ajudando no ânimo. A minha esperança é que o Adenor não morra abraçado com um modelo e leve o Flamengo junto com ele.

Ah. Os outros 90 minutos serviu apenas para murchar aqueles torcedores que acham que Peterson e Werton, bons jogadores na base, valem cada um uns cem milhões de euros.

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