Entra dia sai dia e essa diretoria do Flamengo demonstra que não faz a menor ideia do que quer que o Flamengo seja como clube esportivo.
Na mesma medida que são muito bons nas finanças, simplesmente são horrorosos no projeto esportivo. Muito bons de marketing ( há quem discorde ), bons nas finanças, mas muito fracos na condução do esporte. Isso tem sido visto no futebol e no basquete. Os esportes menos vistosos, onde eles não se metem vão até bem.
O que estou querendo dizer? É que simplesmente os caras não tem a menor ideia do que querem como modelo de jogo para o futebol, e se comportam como amadores, achando que é só empilhar jogador como num vídeo game que tudo dará certo.
Isso fica cada vez mais claro.
Indo para dentro do campo, o que vimos é mais do mesmo, um técnico tentando reproduzir um modelo para o qual, ou os jogadores não são aptos a exercer, ou não conseguem, ou não querem. Não importa, o fato é que o Flamengo não consegue jogar nesse modelo com esses jogadores desde sempre.
O grande mérito do Dorival foi justamente deixar os caras mais ou menos como se sentem a vontade jogando. O Tite tenta reproduzir o modelo meio Paulo Sousa meio Vítor Pereira. E tem se mostrado teimoso em relação a isso. O passeio pelos Estados Unidos está parecendo que foi só isso mesmo, um passeio. Aliás o futebol apresentado lá foi apenas para quem já é torcedor aguentar. "Nós estamos difundindo a marca." Sabem porque o futebol simplesmente não decola nos Estados Unidos, entre os americanos, porque é mal jogado lá. Ou alguém acha que aquele futebol que o Flamengo apresentou encantou alguém? Se muito a festa da torcida pode ter sido considerada interessante.
Mas voltando ao Flamengo x Vasco, o que vimos, um Vasco jogando como time pequeno, que é, mas estando no direito dele, em alguns momentos exagerando na dose da pancada, mas até que não foi muito pior que outros jogos, mas que dentro da sua proposta esteve perto de fazer gol mais do que a gente, em que pese o penalti.
Cebolinha grudado na linha lateral na intermediária do adversário, esperando receber uma bola para perdê-la logo a seguir em 9 das 10 tentativas de conduzir. E ontem como só recebeu umas 3 perdeu todas.
Não comungo do ódio que a torcida tem pelo Wesley, toda hora é deixado sozinho para marcar 2, o Gérson nunca volta para ajudar, e o De La Cruz ainda está meio perdido na zona que é o meio de campo do Flamengo, volto já a esse tema, mas ainda no Wesley, ele é o nosso melhor lateral no corte de cruzamentos da esquerda para direita da nossa defesa no segundo pau.
O meio de campo do Flamengo praticamente não existe, na transição ofensiva, se por ordem ou omissão do treinador, o que acontece é que todo mundo corre lá para frente para ser marcado pela defesa adversária ( supostamente aguardando lançamentos que ou não vem ou vão errado, o que é pior ) e ficam os zagueiros e o Pulgar com a responsabilidade de criar o jogo.
Pedro, como um poste, entre os zagueiros esperando cruzamentos da intermediária, Arrascaeta grudado no ataque sempre recebendo a bola pressionado e sem ter para quem passar já que estão todos estáticos.
Ontem o Flamengo ainda deu alguma impressão de que aalgo bom aconteceria nos primeiros 20 minutos quando marcando pressão não deixou o Vasco respirar, mas foi só isso, quase nenhuma criação.
Nosso melhor jogador em campo, na defesa e no ataque, foi o Léo Pereira, salvou dois gols e fez uma bela finalização. Aliás um dos gols que íamos tomando foi numa das inúmeras falhas do Rossi. Goleiro que passa a mesma segurança do Hugo Neneca.
A coisa está feia, e nada promissora, já tem vídeo de cronista afirmando que o Flamengo não jogou porque não quis? Não estou defendendo um Fora Tite, mas sim, um acorda Tite. Não sei se é um cara de sorte ou de azar, porque no fim o pênalti perdido pelo Gabriel pode ser visto de duas formas:
- Como não entrou muitas das mazelas do jogo serão creditadas ao penalti perdido, evitando respingar no técnico.
- Mas se o pênalti tivesse entrado, muitas mazelas seriam esquecidas por causa do resultado.
E Tite meu amigo, que bizarrice, reclamar de peso da bola depois dum futebol mequetrefe que seu time apresentou pela quarta vez no ano.
Comentários