Tem aquela famosa frase de Nelson Rodrigues "... A camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável".
Ontem foi um desses dias. Mas antes que caiamos na vala comum da maioria das análises rastaqueras me permita dizer que o jogo ontem poderia ter sido sim um 5x4 ou 6x3, sempre para o Flamengo.
De fato aquela trave do setor norte tinha pelo menos uns 40 milhões de rubro-negros a movê-la com a força do pensamento de acordo com nossas necessidades. Um fenômeno metafísico que qualquer cientista das teorias dos fenômenos extra corpóreos talvez queira investigar. A trave se abaixava, se movia para um lado e para o outro, diminuía de tamanho, só não viu quem for muito descrente do poder da magia transcendente rubro-negra.
Dito isso vamos falar de futebol. Claro que nas mesas redondas falarão muito dos gols "perdidos" pelo Grêmio, daquela bola duplamente na trave et cetera. Mas sem muita paixão tivemos um bom jogo, pelo menos até onde o pasto da fazenda transformado em campo permitiu.
Surpreendentemente o Grêmio não se entrincheirou e tentou jogar. Na primeira metade do primeiro tempo ambos os ataques se sobrepuseram às defesas, muito pelo qualidade dos jogadores, mas o Flamengo teve o jogo mais ou menos controlado a partir ali dos 15 minutos até fazermos o segundo gol. Mas é inegável que as duas defesas deram alguns moles em erros de passes, talvez pelo gramado, e nosso segundo gol saiu de uma bisonhice dessas. Aliás que dificuldade o Cebolinha tem para finalizar, quase se enrola no primeiro gol.
A partir do 2x0, o Flamengo meio que relaxou na marcação e a tal superioridade de finalizações do Grêmio foram todas a partir daí. Terminamos o jogo com um momento antológico, que saudade de ver o Bruno Henrique voar no padrão Michael Jordan e fechar o placar numa cabeçada certeira.
Mas temos outras boas avaliações.
A trave, foi um dos nossos melhores jogadores em campo.
Mateus Cunha, muito bem.
Wesley, o menino está jogando muito bem, evoluindo, e pensar que teve maluco da torcida querendo descartar o moleque.
Os tres zagueiros jogaram bem mas o destaque ontem foi o David Luiz, ora vejam.
O que o Erick está jogando é brincadeira, Gérson demora a ligar mas depois que começou foi um dos mais importantes.
Everton Ribeiro talvez tenha feito seu melhor jogo pelo Flamengo, mas ainda deve, Arrascaeta, alguns lances bons, mas ainda fora de forma.
E no ataque brilhou a estrela de Bruno Henrique, cara, ontem eu gritei gol nesse lance quase como se fosse o gol decisivo. Bom demais. E pensar que teve tresloucado achando que a diretoria deveria dispensá-lo porque tinha se machucado. Ainda falarão no futuro do BH como referência de grandes jogadores que passaram pelo Flamengo. O cara além de futebol tem a alma e o espírito rubro-negros.
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